quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

MINGUANDO

As corridas de longa duração sempre tiveram tradição no Brasil e elas foram várias: Mil Milhas - talvez a mais famosa – os saudosos 500 quilômetros, as 24 horas e tantas outras, que sempre tiveram um bom público e grande número de participantes que em boa parte eram conhecidos como garagistas. Pois bem, já há um bom tempo comentamos sobre a falta de público nas provas de automobilismo aqui no Brasil. Infelizmente, de uns tempos para cá, os grids cada vez mais magros também vêm chamando a atenção do pessoal apaixonado pelo esporte. O que acontece com os nossos garagistas? As taxas de inscrição são altas, há pouca motivação em participar tendo em vista as chances reduzidas de vitória, será a tão falada crise que anda inibindo todo mundo ou será tudo isso junto?
Para você, qual o principal motivo para os grids tão pequenos?

(Reprodução - Na foto, uma homenagem ao nosso mais famoso garagista)

21 comentários:

Anônimo disse...

Não se trata de um fato isolado e específico o emagrecimento constante de grids execetuando-se a Stock e afiliadas, pelo menos até o ano passado.

Muito se comenta e critica esta categoria e as coligadas, mas em realidade é são as unicas com algum tipo de organização, apelo comercial e torçam o nariz ou não competititividade, ainda que baseada num equipamento ultrapassado e que agora será substituído.

A questão está centrada basicamente nas pessoas, no seu desprendimento, empreendimento, capacidade de aglutinar e administrar.

Hoje temos a Stock que é uma categoria nacional, com a mídia presente e repercussão, temos a Porsche Cup que é um campeonato pirata,não reconhecido pela fábrica e no qual a CBA não apita nada, mas extremamente organizado, eficiente e fechado. E ainda,por iniciativa de um grupo de pessoas capitaneadas por um publicitário e sua agência , a tentativa de reeerguimento do Trofeo Maseratti em que pese a idade e desgaste dos carros.

O que todas tem em comum é que são conduzidas porpessoas competentes e aí reside a diferença.

Num universo onde as condições de realização e organização das provas são precárias, começando pelo restrito apoio aos novos pilotos, a falta de autódromos,o desinteresse das montadoras, a falta de cartegorias de base, ão éde se estranhar que as provas de longa duração venham mingunado, como minguaram todas as categorias anteriormente extintas.

As de fórmula simplesmente sucumbiram, Vw, Fiat, Chevrolet,; as provas de turismo que resistem não podem ser consideradas sem que se perceba que são destinadas unica e exclusivamente a "pilotos" abonados,muitos deles chegando aos locais de prova no sabado ou no domingo mesmo.

Sobra a Copa Clio, sem apoio da montadora e com custo aproximado de 25.000,00 por prova. Pra correr de Clio.

Que o automobilismo sempre foi esporte para ricos disso não se discute. Mas sempre houveram condições para que os puristas e apaixonados os desafiassem com seu suor, dedicação e empenho.

E muitas vezes com exito.

Esse tempo acabou, não volta mais. O automobilismo hoje é comandado e possui no seu âmago muito pouca gente do ramo.

E os que dele pertencem são verdadeiros predadores, estão exclusivamente em busca de dinheiro, sem se importar com desempenhos, etc...e isso acontece porque o estágio e panorama atual assim o permitem.

Peço concessão aos amigos para relatar por exemplo o que ocorreu comigo , as vésperas dos 1000 Kilometros de domingo.

A pouco menos de quinze dias da realização da prova, quando me encontrava em Passo Fundo com os comparsas, recebi uma ligação de alguém de importancia no cenário atual, cujo nome não declinarei,dizendo que tinha umpiloto que gostaria de compor a minha equipe na condução do GT3 Cup.

Muito bem, estimado o valor da participação ficou de me retornar garantindo que faria todo o possível para viabilizar que inclusive forneceria os pneus que possuia, tudo devidamente pago.

Passaram os dias e a menos de 5 da realização da prova não é que tomo conhecimento de que esta pessoa compôs uma equipeprópria, montando um GT3 Cup que possuia e tomando para sí o piloto que outrora seria parte da " minha" equipe ?

Sem dar qualquer tipo de satisfação. Sem qualquer referencia ou aviso. Simples assim.

E ainda, não satisfeito tentou e conseguiu pelo menos inicialmente convencer um amigo meu, piloto da GT3 Brasil a sentar em um outro modelo de ano 2001, ao lado de uma grande piloto da Stock, em outra dupla, tratando também de alí buscar mais uma verba dos icautos.

Este amigo meu, no treino desexta feira na chuva, deu meia duzia devoltas com o carro, parou nos boxes e face a indirigibilidade total do carro se deparou com a instalação de pneus de ano de fabricação de 2004 !!!

De cara cancelou a sua participação, pegou seu cheque de volta, R$ 60.000,000 para andar num carro 2001 com pneus de 2004 e foi pra casa. O colega da dupla refugiou-se numa outra Ferrari.

Isso tudo foi para demonstrar o ambiente atual que vivemos no automobilismo, propício a existencias desse tipo de gente, predadora, interessada somente no seu umbigo e pouco se lixando para a competitividade, a história das corridas, ou preocupada em fazer o esporte crescer e se desenvolver.

E na minha opinião, nao existe qualquer indício de que a coisa vá mudar, os grids continuarão minguando, essa gente continuará a ganhar dinheiro eo resto..bem o resto se não se mobilizar e produzir um movimento no sentido contrário, servirá de expectador para a morte anunciada do nosso automobilismo.

O automobilismo internacional não verá pelo menos nos próximos 5 ou 6anos nenhum piloto brasileiro se destacar e isso nada mais é do que o retrato cru da nossa ondição atual.

Anônimo disse...

Gilles....você tá brincando que "ele"fez isso???

Canalha!!!!!!

Buonanno disse...

Gilles, maravilha!

Obrigado pelo seu "Relato dos Bastidores". Está ai um depoimento de quem está "por dentro" mesmo do automobilismo.

Valeu!

Primo disse...

E na Stock, segundo o Seixas, há uma troca de e-mails com acusações pesadas entre gente graúda das equipes sobre aliciamento de profissionais, exploração dos mesmos, sem pagamento de direitos trabalhistas, etc...hora q o ministério baixar numa corrida diz que vai voar merda!!!

SALOMA disse...

Lendo o texto, me veio uma questão. O autódromo paga IPTU, como todo imóvel mortal, ou é soberano e bonificado de impostos e taxas. Porque para eu entender, ele ocupa um espaço que é monitorado pela prefeitura, certo. Os clubes alugam esse espaço para eventos (provas), certo. Os pilotos alugam os boxes para a pratica do evento com seus carros, certo. Mas quem paga a conta dessa bola de neve de aluguel é o final da corda, os mencionados pilotos e equipes.
Bom, para participar dos eventos durante o ano, os pilotos precisam renovar suas licenças de pilotagem, certo. Mas, que na verdade, não a usam durante o ano cheio e sim por míseros 9 meses.
Só me fica uma dúvida. Porque aumenta, e muito, os custos de ano para ano...em relação ao imóvel, a F1 dá a manutenção anual, certo. E as carteiras não usam material de alto custo. Então me veio a questão. Somos os patrões dessa putada toda. Vamos parar de pagar seus preciosos salários, e vamos ver no que dá.
Seria ótimo se podemos contar com o apoio necessário para tal, mas a gama de interesses do sistema é maior do que o caracter e a honra. E jogar limpo é coisa é coisa de histórinhas de "era uma vez..."
Realmente dá dó e falam do automobilismo da década de 60 que era só romantismo. Ainda assim fico com o romantismo...

M disse...

Ah !
Se houvesse união dos pilotos, se negando, só para começar, a pagar pelas carteirinhas, filiação a clubes de araque (nem piscina tem...) e taxas de inscrição escorchantes; talvez a coisa tomasse outro rumo !
Enquanto corja que aí está não for banida, não haverá investimentos nem patrocínios.
O pessoal das agências conhece bem o apetite e a incompetência dos "meninos".
A Stock só sobrevive porque é uma lavanderia !
Canso de repetir ! Olhem para tráz e vejam.
Nos "anos de ouro", quem ocupava a direção do nosso automobilismo eram banqueiros e empresários.
E agora ?

Anônimo disse...

Eric : Fez sim como relatei,as minúcias foram tantas que se eu fosse comentar não haveria espaço, quando nos encontrarmos um dia,se quiser, te conto.

Pé de Chumbo disse...

Em tudo que é esporte, onde entra o dinheiro só dá merda.
Como é que um garagista, que muitas vezes só pode cuidar do seu carro nas horas vagas, comprar peças e combustível com seu próprio (e suado) dinheiro, vai poder competir contra uma equipe patrocinada por empresas ricas e fábricas de autos?
Simplesmente não dá!
Fora isso, a exploração burrocratica, tem que pagar licença pra isso, licença pra aquilo, daqui a pouco vão cobrar até o ar que se respira no autódromo, alegando que ele é auxiliar para refrigeração dos motores...Ninguém aguenta!!...

Helio Herbert disse...

Vamos aproveitar a generosidade do Lula e vamos invadir Interlagos,cada um cerca um pedacinho e toma posse.Não é assim que os sem terra fazem para ganhar um pedacinho de terra,então vamos fazer o movimento dos sem autódromo,quem sabe a gente não ganha Interlagos de presente...

Anônimo disse...

Ainda existe um outro fator histórico ,um erro vicioso .

Quase todas as categorias que existiram no Brasil ficavam sempre dependendo do apoio de algum fabricante ,Formula Ford ,Fiat e Chevrolet e suas monomarcas de turismo ,ou seja ,eram subsidiadas e quando o fabricante cansava da brincadeira estas simplesmente desapareciam .

Por outro lado ,as categorias independentes nunca tiveram o cuidado com o crescimento dos custos ,uma erro que se repetiu por todas elas ,chega a ser irritante este ciclo ,esquecem da realidade em que vivemos e deixam o automobilismo virar uma disputa de quem tem mais dinheiro e deixa o esporte em segundo plano .

Vejam a Super Classic ,hoje ela já esta muito diferente da proposta inicial ,e olha que é uma categoria de amadores ,é bom tomarem cuidado.

E sem um numero significante de categorias como se vai peneirar um bom piloto ,para isto ,teríamos que ter no mínimo duas ou três categorias de formula de base diferentes entre si ,gradual entre elas .

Hoje um piloto sai do Kart e se tiver muito dinheiro vai para a Europa pra fazer um inicio de carreira que deveria ter começado por aqui ,e quantos talentos não foram jogados fora nestes últimos anos ,jovens que simplesmente não tiveram uma opção barata de monoposto para mostrar seu talento e despertar um interesse de patrocinador ,para ai sim seguir uma carreira no exterior .

O Brasil é um pais gigantesco e a matemática é simples ,se você pode escolher um entre mil competidor as chances são bem melhores do que meia dúzia de kartistas que se aventuram na Europa prematuramente .

Jonny'O

M disse...

Patrocinador não é mecenas !
Só vai investir onde houver retôrno, se ganhar espaço na mídia, se conseguir exposição da marca !
Hoje, até jogador de ping-pong tem patrocinador.
"Os cara" investem até em pelada na areia !
Tudo depende da competência de quem organiza o show.
Nos bananas que estão a frente do nosso automobilismo, nenhum empresário vai botar um centavo.

Roberto Zullino disse...

Um avião não cai por uma razão apenas, mas sempre tem uma que é capital e desencadeadora, e no nosso caso é a mesma coisa.
No entanto, embora concorde com tudo que já foi dito, não acho que as razões apontadas sejam fatores chave da merda em que estamos.
O grande problema, conforme já dito aqui, mas não com todas as letras, é que o automobilismo está entregue a pessoas de horizonte baixo. Não concordo que não sejam do ramo, são sim, e esse é o problema.
O automobilismo virou um plano de aposentadoria desse pessoal. Pela própria origem e formação, não têm a menor visão dos processos de marketing, sequer conseguem ver o que têm na mão e ficam arrecadando uma graninha de carteirinhas e inscrições. Já falo há muito tempo que nosso automobilismo é o único espetáculo de circo em que o palhaço, ou seja, o artista paga a entrada.
Falando em entrada: sabem porque não se cobra? Simples, para não ter que prestar contas, coisa complexa e chata. Nada contra, se arrumassem alguém para pagar o espetáculo que não os pilotos.
Vamos analisar o espetáculo de outro lado. Uma etapa do campeonato paulista reúne uns 100 carros (já reuniu quase 200). Calcule-se o valor desses carros a pelo menos R$ 20 mil cada, uma cifra conservadora, resulta em pelo menos R$ 2 milhões que são colocados para queimar. Esse número chega facilmente a R$ 4 milhões e sobre isso acrescente-se todo o custeio desse investimento, ou seja, mecânicos, transporte, combustível, manutenção. Estamos falando de uma coisa enorme em termos de espetáculo, inclusive no que se refere ao número de pessoas envolvidas desde os mecas e ajudantes, chefes de equipe, pilotos, aspones, puxa sacos e familiares. Um circo para ninguém botar defeito em termos de investimento, custeio e gente envolvida.
Sinceramente, não acredito que um show de uma Madona tenha esse tamanho. Ocorre, é que nossos dirigentes não tem a menor idéia do que têm na mão. Eles têm na mão um bando de trouxas que não se importam em colocar uma enorme quantidade de grana para queimar e ainda se dispõem a pagar por isso. Uma coisa rara no mundo dos negócios, lamentavelmente mal aproveitada.
Estou nessa vida faz tempo e sempre vejo que a maioria fica atacando os dirigentes nas dimensões da honestidade, da competência e se são ou não do ramo. Pois bem, estou pouco me lixando se forem honestos, prefiro um esperto a um néscio. Do lado da competência para organizar uma corrida não vejo o menor problema, eles organizam direitinho e o fato de serem ou não do ramo pouco importa, as pessoas aprendem rápido ou são expulsas e se eles estão aí é porque aprenderam, pelo menos a se manter.
O que nos remete à pergunta: por que não dá certo? Não dá certo porque não querem que dê certo, a coisa está muito boa para o lado deles. Uma corrida deve arrecadar uns R$ 90 mil, gastam uns R$ 50 e ficam com R$ 40 para dividir, evidentemente esses números são chutados, mas não muda muito. Dividem a grana e tocam suas vidinhas fazendo uns bicos aqui e ali, muitos tem aposentadoria e no final têm alguns caraminguás para viverem confortavelmente.
Não devemos nos esquecer que a despesa é também dirigida para os componentes da turminha, basta analisar a equipe que dirige, portanto, a receita da turminha é maior. É só ler a programação e juntar os pauzinhos. Nenhuma crítica minha à capacidade dessa gente para organizar, corri de 200 a 2003 e não tenho a menor queixa nesse aspecto, o que não significa muita coisa.
Portanto, essa é a questão, o outro lado está contente, quem não está contente somos nós, o que não adianta muito.
Como dar certo? Conforme já disseram alguns, tem que mudar a liderança, isso é um processo cultural e nenhum processo cultural acontece sem liderança. O que precisamos é de alguém que assuma a coisa com visão do negócio.
O que se têm são espetáculos, shows e face ao volume de investimento e custeio envolvidos não é possível se gerenciar a coisa da maneira que vem sido feita. O que acontece? A coisa vai morrendo como está acontecendo, é simples. E o futuro? Também é simples. Embora demore e seja doloroso, mais dia menos dia a coisa morre e nasce de novo em outras bases. Estamos vendo o filme in loco.
Cabe a nós a pergunta: isso pode ser evitado? Pode, basta se organizar e querer. Conforme o M já disse, tem que colocar uns banqueiros e publicitários na jogada, esse povo entende de grana, de ganhar grana e de negócio. No fundo é se colocar pessoas fora do ramo na liderança, basta de incesto.
É isso que se precisa, de gente que saiba vender o peixe e cobrar caro por êle, organizar a equipe que está aí organiza.

Roberto Zullino disse...

Em tempo: verifiquem o preço do aluguel do autódromo. Se alguém quiser alugar é um preço, mas hoje em dia se paga pelo menos dez vezes menos, nada contra, tudo pelo esporte.
O autódromo pertence à prefeitura, isto é, o imóvel, e portanto, não é taxado.
Evidentemente, a eventual cobrança de entrada muda o economics, vai incidir ISS e as complexidades de praxe como contabilidade pelo menos da bilheteria, um saco, hahahahaha.

Anônimo disse...

Como o M disse, patrocinador não é mecenas. Não existe essa de por dinheiro no esporte apenas para... por. Financiar o esporte automotor por caridade. Não existe essa; o patrocinador visa alguma categoria que tenha uma relativa visibilidade, e que, de certa forma, reflita a imagem da empresa.

Agora, quem é louco o suficiente de patrocinar categorias como a Força Livre ou o Marcas e Pilotos? Em outros tempos, sim, tal patrocínio dava retorno - lembram-se dos Voyaginhos e Escorts de Marcas e Pilotos? Todos eles tinham patrocínios fortes, mesmo porque havia veiculação. A Quatro Rodas divulgava o resultado das provas, fazia propaganda das corridas.. Só que, de pouco em pouco, isso começou a minguar. Se não há atenção por parte da FASP/CBA ou o raio que o parta para essas categorias, tudo começa a ruir. Somem os patrocínios.. some a cobertura.. e, infelizmente, some o público.

Pergunte a alguém fora do nosso círculo de amizades do Flávio, que gosta de carros etc. Pergunte a ele quantas vezes ele já foi a Interlagos ver uma corrida, que não fosse a F-Truck, Stock ou F1. Você vai perceber que, cara, é raríssimo achar alguém que tenha conhecido essa outra parte do autódromo. Também, claro, não há divulgação.. Mas, mesmo assim, aquele (com o perdão da palavra) filho da puta do Scaglione gabava-se do número recorde de carteirinhas da CBA, enquanto não tem ninguém pra ver esse número de gente correndo..

Esse depoimento do Gilles 313 é deprimente. Como é que pode ter tanta gente querendo passar a perna no outro, em uma categoria de esporte antes conhecida pelo companheirismo de equipes e competidores.. Uma pena ter gente assim para estragar o circo.

Rodrigo

vitão disse...

O resumo é que manter a bagunca atual é bom pra quem tá la, sem se preocupar com o futuro do automobilismo (vide o cagalione, que prefere matar a competição de pista para o pessoal ir para a arrancada, cujos recursos vão para o bolso dele). Se melhorar estraga !

Buonanno disse...

Concordo com o Vitão. Quanto mais bagunçado estiver melhor para quem está lá.

F250GTO disse...

O relato do Gilles, é pra desanimar qualquer um.
E chegou a esse ponto, porque todo o mundo sabe que o negócio virou uma bagunça.
E quanto pior, melhor (pra eles)
Só que a décadas eu estou ouvindo essa história de que o automobilismo é comandado por um bando de espertos, que estão se lixando para o esporte, para a competição, para pilotos (desde que paguem as carterinhas, logico), para o publico e aficcionado pelo esporte a motor e principalmente para o automobilismo.
Mas até agora ninguem conseguiu dar um basta á essa situação.
Os mesmos caras vão se perpetuando nos cargos de direção e a coisa não muda.
E um dos resultados catastróficos disso tudo já está aí.
Tão já (ou nunca mais) veremos pilotos brasileiros despontando em alguma categoria.

Buonanno disse...

O dirigente do esporte automobilismo não é diferente do dirigente de futebol.

Por que será que eles brigam tanto pelos cargos e nunca querem largar o osso? Deve ser por conta do amor ao esporte, não é mesmo?

Roberto Zullino disse...

O problema não é se os caras são espertos ou não, se são sacanas ou não. Eles são, mas e daí, a sacanagem é o último refúgio dos medíocres.
O problema é que são pessoas com horizonte limitado, não tem a menor idéia do que fazer para fazer a coisa andar para frente e de maneira adequada ao tamanho do negócio.
A mediocridade é confortável, ninguém reclama, não há desconforto e os reclamões de fora são tidos como chatos. Aposto que os caras morrem de rir ao ler nossas reclamações.
Nossa discussão tem que se basear no que fazer, nas soluções, no futuro.
Como está não está bom, simples. Tem que mudar e a única maneira de mudar é ter um líder para assumir essa bagaça.
A tarefa não é facil, o gráu de incestuosidade é enorme, todo mundo tem rabo preso com todo mundo, clubes de mala ou sala, uam pessoa manobra preaticamente todos, prestação de serviços e por aí vai.
Porque foram para a arrancada? Porque o pessoal da arrancada é mais novo e acha tudo ótimo, a ponto de correrem na frente do box, coisa que nem lusitanos empedernidos fariam. São tão bobinhos que nem se apossaram do antigo Retão.
No fundo, a turminha está até contente da velocidade no asfalto estar como está, sobra mais tempo para a arrancada que dá mais grana e menos trabalho e tem menos chatos.
Para começar é necessário que se exija que os Clubes apliquem um percentual das receitas de carteirinhas e inscrições em publicidade e divulgação das provas. Coisa simples, nada de anúncio na "grobo", apenas umas faixas na 23 de maio, inserçoes em radio que é baratinho. Como exigir isso? Fácil, manda uma carta, pede reunião, faz malcriação. A primeira coisa será aumentarem o preço das inscrições, mas aí estarão ferrados, terão que prestar contas e as portas se abrem pelo precedente. Na hora que se encherem vão embora.
O que não é mais possível é se promover um espetáculo milionário com investimento e dinheiro dos outros e não fazer nada para divulgar e promover. Isso é burrice, nem passa perto de desonestidade, é bem pior.

Pé de Chumbo disse...

Tá, todo mundo já meteu o pau à vontade.
Agora, pergunto:
Alguém aí quer assumir o comando e colocar ordem na casa?
Ou conhece alguém que queira?
Porque enquanto ninguém entre os interessados se manifesta, o pessoal lá faz o que quer.
E a chiadeira vai continuar...

Anônimo disse...

Ser competente competente com dinheiro na mão é muito fácil. Olhe o exemplo do automobilismo catarinense que existem campeonatos de muitas categorias e o de terra é bem forte, trabalhando sério e com gente que gosta do que está fazendo.
Jovino