quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

MEMORIES

Quem não teve um carrinho de rolimã? Todo mundo teve e era gostoso demais. Junto, vinham os arranhões, as batidas e os dedos apertados nas rodas, mas ninguém ligava porque a emoção valia a pena. Simples de tudo: uma tábua, dois eixos, tres ou quatro rolimãs, alguns parafusos e muita graxa. Ah, e o mais importante: uma ladeira. Quanto mais ingrime melhor. Hoje, a geração vídeo-game nem sabe o que é isso. Relembre e conte aqui as suas aventuras com eles.

(
Esse ai do lado é o state-of-art dos carrinhos de rolimã. A foto foi enviada pela Jackie que já comprou um e pediu para o DellaBarba dar uma “envenenada” nele.)

25 comentários:

M disse...

Ôôô, Chefe !
Acordou tarde hoje, heim ????
Gostei do jeguinho !
Nestes, o que machuca é o efeito-solo. Literalmente !
Lá vamos nóis novamente...

Gilles disse...

Falou tudo..dedos moídos...enfiados nos rolamentos...joelhos, braços,cabeça ..tudo devidamente mercado pelas descidas da José Antonio Coelho e Eça de Queiróz....hoje nem de carro vc as desce...

Essa barata aí tá muito chique...antigamente era muito mais tosco..as mãos segurando na madeira da lateral das pernas...a conga ou o kichute sem ABS pra frear..o sistema direcional movido pelos pés e joelhos..sem banco concha, aerofólios, etc..descidas divertidíssimas e subida comos amigos relatando as façanhas..

Quem nunca teve a oportunidade perdeu a chance de escrever uma página de sua infância das mais marcantes..

Buonanno disse...

M fiquei até tarde assistindo o Palestra. Que show!

Que Van Gogh, Picasso ou Da Vinci, que nada! Aquele segundo gol sim é que foi uma pintura. hahahahaha

Gilles, e as corrigidas quando a traseira escapava? Aquilo já era instintivo. E não tinha nada de capacete, protetor disso e daquilo. Ia na raça.

Speed disse...

Bons tempos! Tenho ainda no pulso esquerdo a marca deixada por um prego usado para "segurar" a rolimã...

Perto de casa havia uma ladeira perfeita. A rua não era asfaltada, de modo que usávamos a calçada. Havia várias "chicanes" (postes, árvores, buracos...) o que tornava a descida muito emocionante! o vizinho mais próximo era um terreno baldio, de maneira que não havia ninguém para reclamar do barulho...

Competíamos aos pares, em várias baterias eliminatórias (com direito até a repescagem!). O grande trunfo era ter um irmão mais velho para ajudar na largada e na preparação.

Havia modelos de três rolimãs, que eram melhores nas retas (talvez pelo menor atrito), mas muito ruins nas curvas. O da foto, com quatro rolimãs, é muito bom de curva.

Os freios eram um caso à parte: o mais comum era utilizar o próprio pé do piloto, devidamente calçado de Conga ou Kichute (como bem lembrou o Gilles). Um modelo criativo constituia pregar dois pedaços de pneu ou de Havaianas velhas no eixo dianteiro que, além de servir de apoio para os pés, eram pressionados contra o solo nas freadas. O carro da foto tem duas alavancas recobertas de borracha, opção que também utilizávamos.

Segredinho da época: encharcar as rolimãs de querozene e atear fogo para literalemnte queimar toda a sujeira...

Anônimo disse...

Bom dia, bom dia mesmo, acordando com estas memórias tão marcantes. Sou do RJ e na minha época as descidas eram feitas na Floresta da Tijuca, Vista chinesa e Corcovado, e, ainda hoje guardo na memória lembranças dos dedos ralados, joelhos, cotovelos, braços e pernas feridos. Os freios, eram os calcanhares dos congas as vezes recem comprados pelos pais, que não acreditavam como conseguíamos destruí-los tão rápido. Mas trocávamos isso tudo pelas emoções sentidas, que lamento, mas nossos filhos não conheceram e não conhecerão.
Um abraço a todos e parebéns.
Ernesto Di Rago

vitão disse...

Nossa, não sabia que Maranello fazia coisas tão avançadas ! Muito melhor que aquelas jeguices com número (parece velho no bingo : 430, 599,612) .

Buonanno disse...

Valeu Ernesto, volte sempre.

Vitão, até nisso nós estamos na frente. Carrinhos de rolemã.

911 Turbo disse...

Eu tive um até uns tempos atrás...era preto com as bordas da madeira em prata e com três rolimãs.

Para o rolimã de tres rodas ser rápido era simples....deslocava o banco mais a frente e a traseira se corrigia fácil no braço,OOOOPSSS....no pé.....

Gilles disse...

Ah meu amigo..se soltasse a traseirinha nem Jesus Cristo de capacete Arai escapava..era chão ou poste, ou carros estacionado ou muro.....aliás JC era o unico protetor que tínhamos...!!

Helio Herbert disse...

È gente carrinho de rolemã era a minha brincadeira preferida,não tinha nada melhor para mim,além dos modelos citados,uma vez a mulecada da rua pegou uma escada de pintor daquelas grande e adaptamos um eixo na frente e uma unica roda atráz(por falta de outra)fomos até a descida mais longa que havia no Bairro e cada garoto sentou em um degrau ,e fogo na bomba,começamos a descer a rua,o carrinho escada foi embalando cada vez mais até chegar
na primeira curva mais fechada e Bummm,não sobrou nem um em cima do carrinho,sofremos um baita acidente,foi parar muleque até do outro lado da rua e para variar quando chegava em casa machucado ainda levava o maior pau da velhinha...

Anônimo disse...

Os carrinhos de rolimã que usávamos eram de 3 rolimãs, 2 atrás e um na frente e disputavamos campeonatos no eixinho norte, que na época, era totalmente sem movimento de carros.
Como Brasília é uma cidade plana, geralmente, era o próprio competidor que se locomovia com o prório carrinho. Deitava-se de lado nele e com o pé direito fazia uma espécie de alavanca e que impulsionava o carro e assim acontecia as nossas corridas. A minha primeira medalha foi nestas corridas e tambem havia corridas de duplas, aí, um empurrava o outro fazendo revezamento de 3 em 3 voltas.
Agora, o interessante é que andavamos toda asa norte nas oficinas atrás de rolamentos usados para fazer os carrinhos e não era fácil conseguir um.
Jovino

F250GTO disse...

Realmente o carrinho de tres rodas era mais "emocionante".
Meu primo que era mais velho e "construtor" das bagaças, morava na rua Marquês de Abrantes, no Belem.
Era um bela ladeira, mas que terminava na Av. Celso Garcia, com transito de carros, onibus e...bondes.
Do outro lado da rua ficava o tal de Juizado de Menores, que tempos depois se tornou Febem...
A jogada era descer a rua e dar um jeito de parar sem atravessar a avenida...
Até hoje deve ter pele ralada da molecada naquela ladeira...
Quem viveu isso, viveu.
Quem viu, viu...
Hoje sobrou a história.

Roberto Zullino disse...

Acho que o de 3 rodas mais emocionante. Descíamos a alameda Campinas desde a Paulista até a Lorena pelas calçadas dando pulos nos desníveis. Não dava para descer a rua que era de paralelepípedos.
Fizemos um projeto de um carrinho para descer a Rua Pamplona pelo trilho do bonde, chegamos a fazer parte dele, mas a bitola era muito grande e tivemos que usar canos galvanizados, ainda bem que não foi terminado, tinha tudo para dar merda.
Meus filhos tiveram quando a Granja Vianna ainda era "interior", acho que foram os últimos.

Pé de Chumbo disse...

Eu nasci em cresci na Vila Leopoldina, Lapa, e brincava com carrinho de rolimã na ladeira que liga a Rua Guaipá com a portaria da FRESINBRA...era um "TRES RODAS" com eixos de aço, que meu pai fez pra mim.
Tenho muitas cicatrizes daquela época, ainda mais porque no fim da ladeira tinha um rebaixo no asfalto, para escoamento, e alí, invariavelmente, era um mergulho e um tombo...
GTO, quando já adulto, morei ali perto do Juizado de Menores, na Rua Eng° Andrade Junior...

regi nat rock disse...

Tão de gozação é? o meu , tinha até nome, tubarão. ou tubaralho, pq era grande, bicudo, 3 rodas, pesado e um perigo pros concorrentes qdo acontecia colisão.
raladas, esfoladas, cicattrizes, tem de tudo aqui na carcaça pra provar. Quem falou em querozene, era isso mesmo, e depois do fogo, encharcava com gasolina que deixava o rolamento rolando sem parar. Bons tempos esses nossos.
Mas esse 'rosso' é um luxo !!!
Vitão, vcs só sabem reclamar pq lá em San'Agatha, só sabem fazer trator.

F250GTO disse...

Os rolimãs dos carrinhos de Sant'Agata, são aro 26...
Uashuashuashuash.

Anônimo disse...

Como muitos aqui já sabem,eu morava no Mirante do J. São Paulo,Santana.Ladeira ali é o que não falta,aos pés da Serra da Cantareira.Só não ví em todas as histórias relatadas aqui alguem citar a prática do trenzinho,que se fazia tirando o rolimã da frente e apoiando em cima de outro carrinho à frente,levando às vezes 4 moleques em cima.
Numa dessas o trouxa aqui ficou atrás de todo mundo para manejar o freio,que era uma madeira de uns 30cm com um pedaço de pneu na ponta,e que alavancava o rolimã traseiro direito.O atrito com o cimento da calçada garantia a frenagem.Com o peso da molecada,aconteceu que quando fui frear,levantando a alavanca,o atrito fez com que ela "voltasse"com tudo,prensando minha mão direita contra o piso e arrastando tudo.Meus dedos viraram lona de freio !!
As marcas nos dedos continuam até hoje,na época tive a impressão de que até os ossos ficaram expostos.
Faz SÓ 45 anos...

Anônimo disse...

Ah! Esquecí de comentar sobre o bólido aí.
No meu tempo, isso aí NEm apareceria na rua.Puxadorzinho de armário pra segurar,almofadinha,pinturinha vermelha...BOIOLICE TOTAL !!!
A única solução de "engenharia" digna de menção no Boiólido aí são os freios nas laterais,junto aos puxadores.
De resto, EU não iria querer ser visto a bordo dessa coisa não...

M disse...

Eu nascí e cresci na Pompéia, e lá tem ladeira para todos os lados. Tinhamos 4 circuitos principais, na Caraibas, Cotoxó, Tavares Bastos e Diana, e cada rua tinha seu Team. Os "desafios" eram diários e podiamos escolher onde seria o tombo, porque nas pistas das calçadas tinha degrau prá mais de dúzia.
O meu bólido usava 4 rolamentos de pecoço, blindados, de cardã de Chevrolet, e tinha 2 freios de pneus (Firestone super cushion, faixa branca). Era bitolão na frente. Cheguei a descer a Av. Morumbi com esta máquina.
Alguém ai participou das "provas" do Morumbi ? Acho que eram promovidas pela Record...

Helio Herbert disse...

Ô M era a descida do cemitério,na época eu era meio grandinho,já tinha até carro,um Buggy Glaspc preto com Dunne Buggy eu ia lá em baixo jogava a cordinha e puxava a galera para cima.Uma vez jogamos gasolina logo depois da segunda curva onde o pessoal vinha mais rápido,e na hora que estavam bem perto tacamos fogo,foi muleque esparramado para todo lado...

M disse...

Nada...
Isto foi lá por 60/62.
Foi na Av. Morumbi, mesmo !

Helio Herbert disse...

Eu não sou tão velho assim ...

JackSpeed disse...

bommesmo eram os cavalos de pau,com direito as festival de fagulhas e o meu freio era de sandalia havaiana!!show de bola os carrinhos,mas esse aí é o melhor,ate nisso somos insuperaveis!!

Cesar Costa disse...

Alguém lembra de uma matéria da Qautro Rodas onde apareciam uns carrinhos de rolimãs feitos em São Paulo, com carenagens de compensados, volantes etc? Aqui na minha rua, na época, montamos um bichinho similar pra descer a Ladeira do Sétimo Céu, no Leblon. Ficou bonitão (vermelho Ferrari), mas era uma tranqueira, que não funcionava. O "revolucionário" sitema de direção a base de barbantes, que enrolavam num cabo de vassoura arrebentava na segunda ou terceira curva. Atravessamos metade do bairro empurrando a tralha até a ladeira e passamos o maior vexame....

Anônimo disse...

Na minha época tinha uma ladeira chamada " o morro da corrente"
Todo mundo ia la com seus carrinhos

O melhor dia foi quando o menino inventou uma de fazer um volante no carrinho.Quando ele virou a primeira curva o arame enrolado no eixo, enrolou no rolimã e ele levou um tombo histórico. Quebrou 2 dentes e um braço.