terça-feira, 10 de março de 2009

PARA ONDE MESMO ?

Se existe um Paris, Texas – e uma Nova Iorque, Maranhão - porque não um Londres, em Catamarca, província argentina no pé dos Andes? “Londres de Nueva Inglaterra”, a segunda cidade fundada na Argentina - em 1558 (a primeira foi Santiago del Estero)- está no centro-oeste catamarquenho. Seu peculiar nome foi uma homenagem à rainha Maria Tudor da Inglaterra, casada com o rei Felipe Habsburgo, da Espanha, país que havia começado a colonizar a Argentina poucos anos antes.
E o que tem isto a ver com os Kirchners, a eleição distrital e a situação atual do país?
É que na Londres catamarquenha existem dois peculiares sinais de trânsito que bem podem simbolizar as dúvidas que pairam sobre o futuro dos Kirchners e da Argentina . A foto acima ilustra bem isso, a direção que o país segue.
Você não acha que a Argentina é exemplo acabado de como um povo consegue destruir um pais quando quer? E qual povo você acha que, se tivesse colonizado o país, teria levado-o ao primeiro mundo? (reprodução - do blog do Ariel Palacios, que mora por lá, mas só por causa do bife- http://blog.estadao.com.br/blog/arielpalacios/ )

5 comentários:

Roberto Zullino disse...

Nenhum povo colonizado chegou no primeiro mundo. Colônia é sempre colônia.

Os USA não foram colonizados, foram fundados por expulsos, coisa diferente. Austrália também não foi colonizada, foi povoada por condenados expulsos.

Colônia é sempre exemplo de aventura econômica, jamais chega em lugar algum.

Argentina e Brasil sempre serão colônias de alguém. Isto está no DNA desses países. O melhor indicador de falta de soberania é se o país abre a Conta Capital e não dá prioridade às exportações.

Abrir a Conta Capital significa ficar esperando e dar condições de investimento estrangeiro autônomo. Mais ou menos o que se faz aqui e na Argentina, ficamos esperando multinacionais investirem aqui achando que serão competidoras de suas matrizes.

O contrário é colocar o país como exportador de alguma coisa manufaturada. No início pode-se até conseguir tecnologia comprada ou roubada, mas no final se desenvolve uma própria.

Basta ver o número de multinacionais americanas na Alemanha, Coréia e Japão, quase nenhuma. São países soberanos.

Anônimo disse...

Quase concordo na totalidade contigo, Zullino.
Voce está certo, mas adiciono um componente:
A incompetencia da América católica, como disse Caetano Veloso.
O povinho que caiu aqui veio fugido, rabo entre as pernas, carregando a escória que governava Portugal e seus costumes e jeitos e formas. Mãe louca, filho babão e neto maluco. Fora o fato de se mandarem e abandonarem o povo à própria sorte, à mercê de Napoleão.
E só aí, 308 anos depois de "achado perdido no Atlantico" esse imenso pedaço de terra foi finalmente considerado... Mas apenas até a poeira baixar e o "nobres" de pé de barro voltarem para continuar a saquear e viver de brisa.
Colônia é sempre colônia, voce está certo. Hoje uma raça similar ocupa o poder e saqueia esse povo ignorante, que adora um barranco pra morrer encostado.
O Brasil institucionalizou a Idade Média.
E parafraseando Caetano veloso de novo: O Haiti é aqui.
"Leio mas não escrevo"
Claudio Ceregatti

Roberto Zullino disse...

Não sei, mas me pareceu que o autor do post quis dar a entender que se a Argentina fosse colonizada pelos ingleses estaria melhor. Não estaria não, vide os lugares onde os piratas de sua majestade andaram colonizando. África não merece nem comentários, roubaram o que puderam da Índia, inventaram o barracão de zinco que a maioria pensa que fomos nós, vide a Jamaica que até hoje é um barracão de zinco só.
A Jamaica foi a maior responsável pelo ganho dos chamados "Sugar Barons" que tinham plantações na Jamaica por gerações e a maioria nunca foi lá.
Todos os palácios de Pall Mall foram construídos com dinheiro ganho com o açúcar da Jamaica.
O primeiro Duque de Marlborough, avô de Winston Churrchill era barão do açúcar.
Até o povo inglês eles roubaram. Lá por 1600 impuseram o Sugar Act que obrigava que o açúcar para a Inglaterra teria que vir obrigatoriamente da Jamaica. A dona de casa inglesa pagava apenas 3 vezes o que uma dona de casa francesa pagava pelo açúcar. O ato só deixou de vigorar lá por 1860, uma vergonha.
Por isso, na culinária inglesa não existem doces, no máximo alguma coisa feita com mel. Muito diferente da francesa ou a austríaca onde os doces são desenvolvidos.
Quanto ao catolicismo é isso mesmo, mas não foi necessarimente por culpa da Igreja. A igreja dominava o mundo e optou por cuidar da saúde com suas Santas Casas e da educação com suas escolas e seminários.
Ocorre, que não tendo recursos, materias e humanos, a Igreja foi para o lado mais fácil, optou por treinar os ricos e tirava desses e dava para os pobres. Fez isso durante séculos.
Os protestantes não tinham espaço junto da elite, é muito feio intelectualmente ser protestante. Optaram por adestrar o povo e os USA são o melhor exemplo, lá a coisa funciona, pois mesmo um zé ruela sabe apertar os botões certos.
Mas isso tudo é detalhe, o grande problema é que não temos o DNA da soberania, estamos sempre esperando algum investidor para dar empreguinhos. Podem reparar, a coisa é de prefeito de cidadezinha até o presidente. Ninguém fala em exportar a não ser minérios e produtos agrícolas vindos de monoculturas automatizadas ou escravocratas. No final, estamos onde sempre estivemos, exportando recursos naturais e produtos agrícolas, inclusive água.
Os brasileiros nem gostam de exportar manufaturados, acham que estão sendo tirados, tem ciúme de suas porcarias fabricadas.

vitão disse...

Zullino, o objrtivo era mias simples, além de constar que mais encostados que os brasileiros são os argentinos, o que significa que educação não faz obrigatoriamente cidadãos melhores. Na verdade o pessoal acha outras formas de justificar o ócio improdutivo.
Eu por exemplo acho que a Argentina estaria melhor se tivesse sido colonizada por japoneses, chineses, ou marcianos !

Roberto Zullino disse...

O problema dos Argentinos é que não passam de italianos que pensam que são ingleses e falam espanhol. Assim não há "célebro" que aguente.

A tese do vitão sobre educação é interessante, acho que bate de frente com o preconizado pelo Christovam Buarque.