sexta-feira, 13 de maio de 2011

Tributo: CLAY REGAZZONI



Tendo nascido na área fronteiriça da Suíça onde se fala predominantemente o italiano, Gianclaudio Regazzoni, o CLAY REGAZZONI foi efetivamente considerado como italiano pelos tifosi, o que era motivo de grande orgulho durante seus anos na Ferrari em meados dos anos 1970.
A primeira vitória do velho Rega veio durante sua primeira temporada na Fórmula 1 em 1970, quando ele venceu o Grande Prêmio da Itália em Monza ao volante de uma Ferrari 312B. Embora só tenha competido em oito das 13 corridas daquele ano, ele terminou em terceiro no campeonato, atrás do seu companheiro de equipe Jacky Ickx e do falecido Jochen Rindt, que ganhou postumamente o campeonato daquele ano.
Muitas vezes foi considerado um piloto de estilo extremamente agressivo, e até mesmo desleal. Porém, aqueles que o conheceram e com ele conviveram diziam ser uma das pessoas mais amáveis de todo o automobilismo.
Depois de duas temporadas na Ferrari, Regazzoni mudou-se para a BRM, onde fez parte de uma equipe que incluía Jean Pierre Beltoise e Niki Lauda. Em 1974, a Ferrari decidiu chamar Regazzoni de volta. Ele aceitou imediatamente e sugeriu a Enzo Ferrari que também chamasse Niki Lauda. Regazzoni e Lauda, juntamente com o chefe de equipe Luca Cordero di Montezemolo e o diretor técnico Mauro Forghieri, formaram uma parceria bem-sucedida que gerou 15 vitórias, dois títulos de construtores, e um campeonato para Lauda, em 1975.
A melhor temporada de Regazzoni foi em 1974, quando ele perdeu o campeonato para Emerson Fittipaldi por somente três pontos. Na segunda metade dos anos 1970, Regazzoni participou das 500 milhas de Indianápolis com a McLaren e pilotou para equipes médias da Fórmula 1 como a Ensign e a Shadow, até que Sir Frank Williams ofereceu-lhe novamente uma vaga competitiva em um de seus carros, em 1979. Regazzoni pagou o favor dando-lhe a primeira vitória da equipe em Silverstone, mas foi substituído por Carlos Reutemann ao fim da temporada.
Em 1980 ele sofreu um acidente durante o GP dos EUA em Long Beach, quando os freios de seu Ensign falharam no fim de uma reta de alta velocidade. Seu carro bateu em grande velocidade contra a Brabham do argentino Ricardo Zunino, que estava parado no canto de uma área de escape, incendiando-se em seguida. O acidente deixou Regazzoni paralisado da cintura para baixo. Desde então, ele se dedicou a ajudar portadores de deficiência física a obter igualdade de oportunidades, além de continuar competindo em competições com carros históricos, sua grande paixão.
Anos antes em 1973, sua vida já tinha sido salva pelo inglês Mike Hailwood, que chegou a queimar as mãos e os pés ao tentar livrar, no grande prêmio da África do Sul o piloto de seu carro em chamas.
Um instigante relato de sua vida pode ser encontrada em sua autobiografia "È questione di cuore" ("É um assunto do coração") publicado em meados dos anos 1980. No final da vida Regazzoni dividia seu tempo entre Mônaco e Lugano, e ocasionalmente fazia comentários para canais de TV suíços e italianos.
No dia 15 de dezembro de 2006, o velho e bom camarada Regazzoni veio a falecer depois que seu carro colidiu com um caminhão na região oeste da cidade de Parma, no norte da Itália. Regazzoni tinha 67 anos e sua morte causou grande comoção entre os tifosi, que o tinha como grande ídolo.

15 comentários:

Primo disse...

A lista é grande e maravilhosa de ser lembrada, cultuada, curtida...vamos homenagear as feras que nos tiram da cama a qq hora pra curtir automobilismo!
Rega foi uma grande figura !!!

regi nat rock disse...

Era sim uma figura, um tranqueira que infernizou pra valer o Emerson.
Mas não se pode negar. Era Ferrarista até a alma.
Só por isso (como se fosse pouco...) quase foi beatificado.
Gostei da lembrança, Primo, podemos abrir uma nova maneira de lembrar dos GRANDES... os que usavam as bolas pra valer.

M disse...

Meu amigo, gente finíssima !

Primo disse...

Faremos Regi...o papo sobre o Villeneuve me trouxe essa lembrança...tem muita gente q nao pode ser esquecida !!!
Sugestoes pro proximo?

Belair disse...

Sugestão: Ronnie Peterson

M disse...

Boa !
E o Cevert !

Anônimo disse...

Eddie Cheever

Carlos Rossi disse...

Andrea de Cesaris , so pra lembrar do cara que quase sempre dava 1 panca!

F250GTO disse...

Se começar (como já começou) pelos pilotos dos anos 70, vai ter material de sobra para fazer a alegria de todos nós.
Peterson, Cevert, Rindt, Stewart, Ickxx, o grande Gilles, Bandini, Surtees, Brabahan, Lauda...
E até os de menos expressão, mas não tão menos importantes na história da formula 1, Amon, Brambilla, Lela Lombardi ( e seu 0,5 ponto), Hunt, Beltoise, Jarrier, Arnoux, Jabouille...a lista vai longe.
O grande Rega, foi um legitimo representante da era dos pilotos que tinham aquilo roxo...
Romeu.

M disse...

PÔ ! Péra aí !
Acho que, antes de mais nada, tributo é prá defunto !

M disse...

PÔ ! Péra aí !
Acho que, antes de mais nada, tributo é prá defunto !

Belair disse...

Cãocordo com o M,é só pra defunto.
E o Hunt tem muuuuuita história,seria bom tambem rememorar.

Primo disse...

Buenas, como o velho Jack, iremos por partes.
Na verdade quero fazer alguns posts pros caras que se estivessem vivos fariam parte da galeria diferenciada (pra usar um termo da moda em Sp...rssss) de pilotos Comparsas, que alem de guiarem bem, tem algo mais que nos faz curtir ainda mais o automobilismo.
Ben lembrado o playboy Hunt...e essa semana faz 25 anos q nos deixou o gente boa Elio de Angeles, bem nascido e burgues de alta estirpe romana!

F250GTO disse...

Tutto bene!
Vamos começar com tributo aos que já foram correr no autódromo lá de cima.
Na minha lista tem alguns que vão morrer no decorrer dos tributos e daí fica tudo certo...

M disse...

Sai, urubu...