domingo, 29 de maio de 2011
Tributo: RONNIE PETERSON
Bengt Ronald Peterson, o RONNIE PETERSON (14.02.44 — 11.09.78), o "sueco voador", foi um piloto comparsa da década de 1970.
Nascido em Örebro, na vizinhança de Almby, desenvolveu sua pilotagem muito jovem, quando ainda competia no kart, e carregou esse estilo até a Fórmula 1 - muitas das fotos dele ao volante retratam seu carro deslizando nas quatro rodas em alguma curva qualquer. Peterson dominava esta técnica - o drift - como poucos pilotos da história. Era extremamente arrojado e hábil, em contraste com sua aparência delicada, com seu físico relaxado e um jeito tímido que lhe rendeu fama de frio.
Ronnie fez sua estréia em Grandes Prêmios guiando para a March, no GP de Mônaco de 1970. Antes, após os tempos de kart, participou da Fórmula 3 competindo pela equipe Svebe. Em 1971 venceu o campeonato europeu de Fórmula 2 guiando pela March, e ainda obteve 5 segundos lugares na Fórmula 1, que lhe valeram o vice-campeonato da categoria. Permaneceu na March até 1973, quando assinou contrato com a John Player Team Lotus para competir ao lado de Emerson Fittipaldi.
Sua primeira vitória foi no GP da França de 1973. Naquele ano venceu mais três vezes.
Em 1974 obteve mais três vitórias, nos GPs da França, Itália e Mônaco. Depois de um ano ruim em 1975, em que o Lotus 76 provou ser um erro, voltou a guiar pela March, equipe pela qual venceu o GP da Itália de 1976.
Em 1977 Peterson correu pela Tyrrell, com o lendário carro de seis rodas, mas a antes vitoriosa esquadra dos carros azuis já havia iniciado sua longa e irreversível decadência. O ano foi particularmente ruim para Peterson e, para surpresa de muitos, o sueco voltou a assinar contrato com a Lotus para a temporada de 1978.
Pela equipe de Colin Chapman, que havia aperfeiçoado o revolucionário conceito aerodinâmico do carro asa, Peterson venceu os GPs da África do Sul e Áustria. Mesmo assim, por condição contratual imposta pela equipe, não lhe foi permitido duelar diretamente com o companheiro de equipe Mario Andretti, primeiro piloto do time. Apesar de os resultados já lhe assegurarem o vice-campeonato, tal situação na Lotus levou Peterson a negociar uma possível ida para a McLaren na temporada de 1979.
A Lotus chegou ao GP da Itália com a possibilidade de tornar Andretti campeão antecipado. Nos treinos, Peterson teve seu carro titular danificado, e precisou recorrer ao carro reserva, que era um modelo mais antigo da Lotus.
Foi exatamente nesta corrida que estreou na F-1 o semáforo, em substituição ao antigo método de largada em que se baixava uma bandeira com as cores do país-sede do GP. No entanto, o diretor da prova, Gianni Restelli, atrapalhou-se com a novidade: antes que os carros das últimas filas do grid houvessem parado, foi acionada a luz verde. Os pilotos que vinham de trás, portanto, arrancaram em maior velocidade, o que fez com que todos os carros chegassem juntos ao ponto em que a reta se estreitava antes da Chicane Goodyear. Alguns carros se tocaram, e o Lotus de Peterson foi jogado para fora da pista, de encontro ao guard-rail. O choque danificou seriamente a parte dianteira do Lotus e rompeu os tanques de combustível, causando um grande incêndio. Peterson foi tirado do carro com graves ferimentos nas pernas, por bombeiros e outros pilotos, e foi internado. Os primeiros procedimentos médicos no atendimento incluíram a amputação do pé esquerdo do piloto. No dia seguinte, Ronnie Peterson faleceu, vítima de embolia causada pelas fraturas.
Nas entrevistas dos pilotos após a prova, o inglês James Hunt declarou que, pelo som que emitia no momento da largada, o antigo Lotus reserva que Peterson estava usando parecia ter problemas e não acelerar devidamente, o que teria contribuído para o desastre. No mesmo acidente foi seriamente ferido Vittorio Brambilla, atingido na cabeça por uma roda solta de um dos carros envolvidos, e alguns meses depois Riccardo Patrese foi colocado em sursis pela FIA, sob a acusação de ter sido elemento culposo do acidente. Por conta da confusão ocorrida com o uso do semáforo no GP da Itália, determinou-se que a largada só poderia ser dada depois que um fiscal atravessasse o grid com uma bandeira na mão, sinalizando que todos os carros haviam parado.
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5 comentários:
Simpática figura o nosso suceco voador. E o velho Chapman já fazia contratinhos pra garantir privilegios...eita !
Sou nostalgico(muito) por natureza.
Vendo um filminho desses,mostrando aqueles volantes quase iguais aos que usávamos em NOSSOS carros,aqueles "reloginhos" no painel,a altura do solo dos bólidos,as suspensões mostrando curso em curvas,freadas,"rabeadas",ondulações,tudo acompanhado de uma bela musica... a saudade chega a doer !
O nome FERRARI é sem duvida um mito da F1.Mas me desculpem os ferraristas: o CARRO ÍCONE da F1 será SEMPRE, uma LOTUS PRETA !!
cãocordo !
Vixe...fetiche eterno !!! JPS !!!
Lembro de uma entrevista do Emerson após o acidente do Peterson descendo o sarrafo no atendimento médico no hospital... só ví umas 2 temporadas do Peterson guiando, e era sensacional.
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