quarta-feira, 29 de outubro de 2008

DEU A LOUCA NA BÚSSOLA DO GOVERNO

O que fazer da taxa dejuros? Na realidade, a Selic,de fato, já caiu.
O efeito do aumento do risco
Brasil sobre a taxa corresponde a uma redução de três pontos percentuais. Com a apreciação do dólar entre 20% e 30%, a inflação sobe entre 1% e 1,5% em 12 meses. Portanto,uma Selic estável em 13,75% é uma taxa mais baixa, mesmo que aparentemente constante. Subir a taxa de juros, por sua vez, é tomar risco de deflação e desaquecimento desmedido da economia.
• Entre um crescimento da economia de 2,5% ou mais um pouco de inflação, Lula prefere a segunda. Na hipótese provável de a inflação superar um pouco a meta, ficando em 6,7%, por exemplo, a idéia é ganhar tempo para o retorno ao centro do target, anunciando um prazo de 18 meses para isso, hipoteticamente. Com isso, o calendário eleitoral ficaria liberado da amarra da contençãoinflacionária.
• O presidente Lula já tem o discurso para a saída da meta: o papel prioritário do BC é estabilizar o sistema financeiro; sua segunda missão é o combate à inflação. A culpa não é do governo, mas da crise, quiçá dos americanos. Em tempo: o Brasil é o único país a adotar o regime do inflation target que permanece dentro da meta.
• A redução do compulsório ajudou, pero no mucho. A partir de agora, o BC vai segurar o cronograma de redução do recolhimento. Venceu a tese de maior utilização dos bancos oficiais.
• Não haverá ajuda às empresas que fizeram exóticas operações cambiais.
• É grande o medo com operações de socorro de má qualidade. Os lobbies são fortes e há temor de que os gastos públicos possam ser utilizados politicamente.
• A expectativa palaciana é de maior inflação, menos crescimento e maior desemprego.
• Lula já está convencido de que deve colocar pilha na reforma tributária. Seria o fato novo, capaz de produzir o aumento de 1% no emprego formal já no próximo ano. Antônio Palocci é o maior entusiasta.
• O PAC continuará sendo tocado, só que em fogo brando, já que, com o menor crescimento, caem suas urgências. O investimento em capital fixo será menor do que o previsto de qualquer maneira. (reprodução - Fonte Relatório Reservado)

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